A deflagração da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) desencadeou uma das mais épicas diásporas da história da humanidade. Sendo assim, o Brasil foi um dos países que mais recebeu imigrantes europeus fugidos da guerra.
Fruto dessa diáspora, o descendente italiano Érico Birello, montou em 1945 um pequeno espaço localizado na Rua Guaicurus - no bairro da Água Branca - no qual trabalhava com dois ajudantes na feitura de calçados artesanais. O esmero caprichoso enviado em cada par de sapatos produzidos manualmente, do começo ao fim, resultou no gradual prestígio conquistado pela marca de calçados.
Difusor da “botina ringideira” de cano curto e ladeada por elásticos, “Seu Birello” as produzia com retalhos de couro bovino. Devido a sua alta resistência e conforto, esse modelo de botina conquistou tanto pessoas do mundo rural quanto jovens, principalmente simpatizantes do movimento “beat” e “hippie”, nas décadas de 50 e 60.
E assim começou uma marca especializada em artigos feitos de couro, produzidos com a grife de seu idealizador, que há mais de 60 anos perpetua seu sobrenome;
BIRELLO
Evidências demonstram que a história do sapato começa no Período Paleolítico (10.000 anos A.C.), quando talvez o homem sentiu a necessidade de proteger os pés. Os primeiros calçados conhecidos eram sandálias feitas com fibra de plantas ou couro, em regiões quentes.
Desde os homens das cavernas já havia a necessidade de curtir o couro, que manejavam utensílios para raspar as peles.
Durante o Império Romano, os calçados denunciavam a classe social do individuo e o pé era considerado símbolo de castidade, devendo ser protegido.
O primeiro par feito com pé direito e esquerdo apareceu entre 1801 e 1822, na Filadélfia.
A primeira referência conhecida da manufatura do sapato na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu 4.000 pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército.
Birello, seus pés merecem!